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Mulheres no Esporte

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    Mulheres no Esporte
  • 3 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

por João Pedro Barros, Thaian Landim e Valdecir Emboava

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foto: Caio Fernandes


Diariamente as mulheres enfrentam obstáculos pelo simples fato de serem mulheres. No esporte a realidade é a mesma. Esse fato histórico tem origem na sociedade brasileira patriarcal do final do século 19. A mulher se destacava apenas na ocupação doméstica, de mãe e esposa. Na maré contrária, muitas mulheres enfrentaram essa barreira.

Logo após o esporte feminino começar a ganhar espaço no Brasil, o então Presidente Getúlio Vargas, assina em 14 de abril de 1941, durante a ditadura do Estado Novo, o artigo 54 do decreto-lei 3.199, que proibia atletas femininas de jogar futebol. Justificando que a prática feria a chamada “natureza feminina”. Segundo a historiadora Giovana Capucim e Silva, elas sempre desafiaram a “essência feminina” idealizada pelo patriarcado. “Jogavam, principalmente, em campos de várzea e em locais em que o Estado não chega, como as periferias. “Essa resistência estatal, na verdade, era o menor obstáculo que elas encontravam”, aponta a historiadora.


Jovem se destaca no taekwondo


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Moradora de Taubaté, SP é campeã estadual de taekwondo. Ela conta que a rotina exige disciplina e força para enfrentar as barreiras da sociedade

A estudante de educação física e praticante do taekwondo, Rayane Taynara Lenzi Roque, de 19 anos, é um exemplo de que enfrentar os preconceitos da sociedade para fazer o que gosta é uma realidade da mulher brasileira. A jovem pratica o esporte desde 2016. Atualmente com muito esforço e foco em se tornar uma profissional do esporte é campeã de taekwondo no estado de São Paulo.


Qual esporte você pratica? Como funciona?

Taekwondo. Ele é uma luta coreana que se caracteriza como defesa pessoal e usa os pés e as mãos para se defender do ataque, nela se encontra algumas partes, como o Poomsae, é uma luta imaginária de formas, com movimentos predeterminados. Já no meu caso tem o Kiorugui, que é uma luta com o adversário no tatame, que se utiliza mais os chutes do que o próprio soco (nessa questão de socos é de cada atleta o seu o estilo de luta), cada round tem tempo determinado e só deve acertar o golpe apenas onde está protegido (colete e capacete), é obrigatório usar todas as proteções devidas, cada golpe específico tem o seu ponto.


Como e por que decidiu começar a praticar o taekwondo?

Fui na intuição de conhecer melhor e aprimorar as técnicas, mas acabei que ficando porque vi que era aquilo que eu queria para mim, eu gosto de lutar, e foi algo que fui descobrindo ao longo do tempo e nos treinos, após ser conversado que eu tenho potencial.


Quais torneios você já participou?

Meus torneios são conversados com meu técnico e mestre e é montado uma agenda anual de campeonatos, na lista são colocados os mais importantes, como alguns campeonatos de um nível um pouco mais alto, até mesmo ver como está minha performance, para representar a equipe e a cidade.


Como é a busca por patrocínio?

A dificuldade em conseguir patrocínio é muito grande, pois ainda não sou uma atleta profissional e nem tenho uma grande visibilidade que me proporcione oferecer algo para as empresas ou algum estabelecimento, se a prefeitura pudesse ajudar e dar destaque um pouco mais para a arte marciais, acredito que ajudaria. É difícil encontrar alguma empresa que apoie tal esporte e dê o suporte ou algo do tipo que o atleta precisa, no meu caso por ser da cidade e não tenho visibilidade ainda, para chegar em empresas, estabelecimentos, tenho que oferecer uma proposta muito boa para que dê um retorno de volta para eles, que valha à pena.


Como é sua rotina de treinos?

Meus treinos são intercalados, toda segunda quarta e sexta durante a semana, mais os

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treinos de musculação específicos para a minha necessidade na luta, como trabalho de força e potência, mas tudo dentro dos meus horários disponíveis.


Você vê diferença de tratamento nos torneios?

Há campeonatos mais organizados e outros menos organizados, por não ser organizados e ter uma má gestão, há uma demora para chamar as categorias, e com isso gera uma lentidão e acaba atrasando todos os demais, pois há muitos atletas de várias cidades.


O que acha que falta para as mulheres serem mais envolvidas no meio esportivo?

É preciso ter mais representatividade feminina, dar mais destaque as várias atletas femininas da própria cidade desde as amadoras até o profissional, e mostrar que mulher pode sim fazer o que quiser. Fazer campanhas, convidar principalmente a comunidade feminina para uma área de lazer como os parques, para o incentivo ao esporte juntamente com as atletas. Acho que chamaria a atenção das mulheres.



 
 
 

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